Retrospetiva 2020

Existem inúmeros adjetivos para caracterizar o ano 2020, um ano totalmente atípico que jamais será esquecido por todos. Agora que estamos à beira de um Natal e Passagem de Ano a meio gás, é a altura ideal para pensar e refletir no que aconteceu durante este ano, para além da devastadora pandemia.

Fonte: 123rf

Politicamente, podemos falar da tensão entre os EUA  e o Irão no início do ano, ou mesmo da saída do Reino Unido da União Europeia, que arrastou consigo o medo de um novo conflito histórico entre Irlandas. Em Portugal, podemos centrar os olhares na demissão do ministro das finanças Mário Centeno, ou nos contrassensos da aprovação do orçamento de estado para 2021.

O panorama económico é tão mau que dispensa atenção. A única certeza que existe, no meio de eventos culturais cancelados, encerramentos de empresas, quebras de turismo,  é que o caos está instalado.

Socialmente, para além da nova realidade de máscaras e desinfetantes, assistimos a terríveis momentos de discriminação.  Importa refletir sobre o caso de Marega, jogador do Futebol Clube do Porto, que devido a insultos e comentários racistas viu-se obrigado a abandonar o jogo, ou sobre o assassinato de George Floyd, nos EUA, que fez renascer o movimento “Black Lives Matter”, espalhado por todo o mundo.

Uma lição que sobressai em 2020 é que nada é para sempre, assim como o sempre é nada. A vida é efémera. No mundo do desporto, o ex-jogador de basquetebol Kobe Bryant e a sua filha morrem na sequência de um acidente de helicóptero; Diego Armando Maradona, ex-jogador de futebol morre após paragem cardiorrespiratório; e o treinador Vítor Oliveira, “Rei das subidas”, morre após se sentir mal durante uma caminhada. No mundo dos famosos, lamentam-se a perda do ator Pedro Lima e da jovem cantora Sara Carreira.

Por fim, refletindo sobre todos estes acontecimentos, fica a expectativa de daqui em diante existir mais civismo, mais respeito e equidade. Numa altura em que o mundo parou devido à pandemia, parece-me que a política, que a ignorância e falta de bom senso são mais importantes que os próprios valores éticos e morais. Fica a expectativa de aprendermos a valorizar e amar, de substituirmos o ódio pelo amor e fruir da pequenez que é a vida.

2020 um ano aterrorizador e inesquecível que virou o mundo ao contrário.  

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do Desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Maria Santos

Editado por: Inês Conde

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